O Divórcio
O que Deus acha do divórcio? Ele é permitido pela bíblia? Quem se divorcia pode se casar novamente? Para todas estas perguntas a
Palavra de Deus tem a resposta, cabe a nós nos submetermos as suas orientações, pois só “Aquele... que atenta bem para a lei perfeita... será bem-aventurado no que realizar.” ( Tiago 1:25)
Não são muitos os textos bíblicos que abordam o tema do divórcio, porém, os que existem nos trazem preciosas informações sobre
esse assunto tão vital. Desta feita, nosso objetivo aqui é explorar o que nos ensinam esses textos, e para isto, eu transcrevo na integra os principais deles
a seguir:
“ E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo
ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança.
E não fez ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus.
Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.
Porque o SENHOR, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio [ou divorcio], e aquele que encobre a violência com a sua roupa,
diz o SENHOR dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais.” (Malaquias
2:14-16)
“ Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que
casar com a repudiada comete adultério.” (Mateus 5:31-32)
“Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer
motivo?
Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez,
E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?
Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?
Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não
foi assim.
Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete
adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”. (Mateus 19:3-9)
“Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido.
Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a
mulher.” (I Coríntios 7:10-11)
A primeira das nossas referências ainda se encontra no Antigo Testamento, mesmo que houvesse se tornado coisa normal entre os
Israelitas o despedir de casa a sua esposa, “o SENHOR, o Deus de Israel”, fez questão de dizer a eles que: “odeia o divórcio”. Em via de regra, o
agente causador dos divórcios é o terrível sentimento do egoísmo. À medida que o ser humano não se dispõe a renunciar de si mesmo pela outra metade, já que a bíblia diz que o casal é uma só
carne, mais próximo do divórcio e da destruição da família ele esta. É isto que acontecia com os Israelitas infiéis nos dias do profeta Malaquias, abandonavam suas esposas e consequentemente os
seus filhos em nome da satisfação dos seus próprios desejos imediatos.
E hoje nos nossos dias, de maneira nenhuma tem sido diferente, cada vez mais pessoas tem inescrupulosamente aberto mão de sua
casa, de sua família, para satisfazer os anseios de sua carne. A saber: a impureza sexual, o individualismo, a ganância e toda forma de egoísmo. As estatísticas hoje apontam que o numero de
divórcios entre cristãos já é praticamente o mesmo que entre os infiéis, mas o Senhor, que não muda, continua nos dizendo o mesmo que dizia aos filhos de Israel: que “ odeia o
divórcio”.
Depois de Malaquias a próxima citação bíblica que trata sobre o divórcio está no Sermão do Monte. A esta altura, os
fariseus e religiosos da época acusavam o Senhor Jesus de ter vindo destruir a lei, pois o seu discurso era diferente do deles. O Senhor, então, mostra que não veio destruir a lei, mas revelar
aos homens qual o verdadeiro sentido dela. O Senhor esclarece, por exemplo, que mais do que não matar, Deus quer que o homem deseje o bem ao seu próximo; mais do que não adulterar, Deus quer ver
no homem pureza de coração. E agora dentro deste novo contexto, em que o verdadeiro sentido da lei é revelado, Jesus deixa bem claro que o divórcio não será tolerado, a não ser por uma única
exceção, ou seja, “por causa de fornicação”.
O fato é que os fariseus não engoliram esse ensino, ele se chocava com o egoísmo doentio deles. E na próxima oportunidade que
tiveram quiseram tentar o Senhor com o mesmo assunto. Acredito eu que eles arrazoavam entre si:
- Desta vez o Nazareno não terá saída... Afinal de contas, estamos amparados pela lei de Moisés... Que argumento ele teria contra
nós?
Então, carregados de cinismo e dissimulação se aproximam do Senhor e perguntam: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por
qualquer motivo?”
A opinião do mestre é a mesma, afinal, não diz o escritor aos Hebreus que ele não muda; mas é o mesmo ontem, hoje e
eternamente. E em sua onisciência, sabendo o que os fariseus pretendiam, lhes antecipa o argumento bíblico que justificava o seu ensino: “Não tendes lido que aquele que os fez no
princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus
ajuntou não o separe o homem.”.
Toda preparação dos fariseus havia sido inútil, o Senhor lhes apresentara um argumento incontestável. Afinal, qual foi o
propósito do criador ao unir homem e mulher? Não foi que eles permanecessem unidos como família até o final?
Mas para não perder a viagem, e mais atrasados do que as cinco virgens loucas (aquelas da parábola das dez virgens), eles
apresentam o seu pobre argumento: “Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?”.
Então o Senhor lhes esclarece: “Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas
ao princípio não foi assim.” E ratifica então o mesmo mandamento, com a autoridade de filho de Deus: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por
causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”. A única exceção é “por causa de fornicação”, ou
seja, impureza sexual. Fora isto, diante do mandamento de Cristo, ninguém tem direito de abandonar seu cônjuge e se casar com outro. A menos que queira viver na prática do adultério.
O ultimo texto bíblico citado, registrado na primeira epístola de Paulo aos Coríntios, que é genuína doutrina e regra de fé e
prática para a igreja de Cristo, deixa claro quais são as opções que tem aquele que se divorciou fora da permissão do Senhor: “que fique sem casar, ou que se reconcilie com o
marido”. Geralmente, os divorciados refutam totalmente a possibilidade de uma reconciliação com o antigo cônjuge. Nesse caso, com certeza o melhor é se esforçar e permanecer solteiro,
esperando no Senhor, até que ele mude a situação, ou você seja novamente capaz de amar aquele(a) que é seu(sua) esposo(a) diante de Deus.
Por que Deus criou esse mandamento? O que o levou a ser tão rígido com esse assunto? O fato é que Deus ama a família! E não
tolera que ninguém a destrua em nome da sua suposta felicidade pessoal. Eu digo suposta porque é impossível encontrar felicidade fora da vontade e dos propósitos de Deus. A sua palavra é fiel
quando diz que tudo que ele pede de nós é para o nosso próprio bem. (Dt10.12-13)
Então você que é casado, exclua da sua vida a possibilidade de um divórcio por questões egoístas, o que jamais trará felicidade
para sua vida. A ordem do Senhor pra você é clara: “aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido... e que o marido não deixe a mulher.”